Moradora do DIC dá exemplo de solidariedade
Estudante de pedagogia participa de várias ONGs como voluntária
“Não sei de onde vem, mas tenho vontade de ajudar o outro, levar um sorriso. Para nós pode parecer pouco, mas para quem passa necessidade é muito”. É assim que a moradora do DIC IV, Valdirene de Souza Trevisan, de 39 anos, tenta justificar o motivo por se dedicar ao trabalho voluntário. Em quatro anos, a estudante de pedagogia já ajudou nas atividades de entidades como a Apae (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais), Esperança e Vida, que auxilia dependentes químicos e portadores de HIV, Fazendo Sempre, que oferece comida a moradores de rua e Hospitalhaços, onde começou há cerca de um ano.
De acordo com Valdirene, o voluntariado surgiu quando conheceu crianças com deficiência em uma creche em que prestou serviço. “Meu primeiro contato foi com autistas e crianças com Síndrome de Down. Depois disso passei a ajudar de qualquer forma, independente da entidade”, conta. Para colaborar com as entidades, a futura pedagoga já auxiliou na organização de estoque, limpeza geral e na alimentação. “É gratificante ver uma criança escrevendo as primeiras palavras, mas quando tem alguma deficiência, a emoção é maior. Deve estar no sangue”, conta.
Junto com mais quatro moradores da região dos DICs e Capivari, Valdirene reserva um sábado a cada 15 dias para visitar os pacientes do Hospital Ouro Verde. Criada em 1999, a ONG Hospitalhaços conta com cerca de 500 voluntários e atende 13 hospitais da região de Campinas. As atividades da entidade são feitas por meio de fantasias de palhaços e a elaboração de brinquedotecas nas alas infantis. “A figura do palhaço é diferente. Nós pedimos autorização para entrar em cada quarto que passamos, mas não vamos com a intenção apenas de fazer rir. Tem paciente que quer apenas conversar e desabafar e é para isso que estamos lá”, acrescenta.
Para a pedagoga, o trabalho voluntário deveria fazer parte do cotidiano de toda a população. “Dá para ser voluntário de várias formas e não apenas se vestindo de palhaço. O voluntariado é um compromisso e deveria ser feito por todos. Não custa reservar horas da semana para ajudar o próximo”, finaliza Valdirene.
Fonte: Jornal Legal
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