quinta-feira, agosto 15, 2013

A Palhaça Babalú

A Babalú nasceu cedo, quando tinha nove anos.
Eu era loirinha, de cabelo curtinho e na época passava uma novela na Rede Globo, chamada ‘4 por 4’, e pela semelhança que eu tinha com uma das personagens, este virou meu apelido.
Cresci com esse apelido e logo na primeira palestra que participei da ONG, o nosso querido Picolé deu a dica que o nome do palhaço poderia ser um apelido de infância. Já sabia ali, que continuaria sendo a Babalú.
A vergonha me dominou nas primeiras atuações, o medo de falar alguma besteira, e saber que bem na minha frente estaria uma pessoa que nunca tinha visto antes, esperando que eu a fizesse rir. Tentava me esconder através da maquiagem, que era monstruosa, não queria ser reconhecida dentro do hospital!

Mas devagar, a vergonha vai embora... Fui experimentando coisas novas. Até que um dia veio a ideia de me maquiar desenhando uma flor! E percebi que eu não precisava me esconder, eu já tinha o nariz que me fazia uma palhaça!
Com o tempo eu também percebi que durante as atuações, mesmo que eu estivesse de cara limpa, vestida normalmente, eu iria me emocionar e me divertir do mesmo jeito que me emocionaria se estivesse fantasiada.
Realmente o palhaço existe dentro de nós... A gente nasce palhaço, mas só descobre e se revela com as experiências que vivemos.
Tenho um palhacinho tatuado no antebraço direito.


Ser palhaça é a minha vida, ser palhaça SOU EU de verdade.
Se me perguntarem de todas as coisas que eu faço na vida, qual a melhor, não tenho dúvidas: Ser palhaça é o que sei fazer de melhor!



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