sábado, março 23, 2013

Dia Nacional do Circo



Dia Nacional do Circo é comemorado na região

No próximo dia 27 de março é comemorado o Dia Nacional do Circo e diversas cidades da região estarão realizando eventos e ações para comemoração desse dia. Em Sorocaba por exemplo, março é o mês do circo e estão sendo realizadas diversas ações para comemorar o Dia Nacional do Circo.

Grupos de teatro que trabalham com a linguagem “clown” estarão promovendo oficinas e diversas apresentações relacionadas com o tema. A organização desses eventos está sendo feita, pela segunda vez, pela Operação AlegrArte, que conta com oito integrantes que fazem, voluntariamente, visitas a hospitais, asilos, creches e outras entidades.

O ator Gui Martelli promove um ciclo de oficinas no Sesc Sorocaba sobre circo. Nos dias 30 e 31 de março, a oficina será de “palhaçaria”, sempre no período das 15 às 18 horas. Os interessados em participar podem ligar para (15)3332-9933 ou fazer inscrição diretamente no Sesc, que fica na rua Barão de Piratininga, 555, no Jardim Faculdade. As oficinas são para iniciantes, a partir dos 15 anos de idade.

UM POUCO DE HISTÓRIA

De acordo com pesquisa realizada pela Central do Circo, organização que reúne artistas e companhias com o objetivo de desenvolver pesquisas e técnicas na área circenses, pode-se dizer que as artes circenses surgiram na China, onde foram descobertas pinturas de quase 5.000 anos, em que aparecem acrobatas, contorcionistas e equilibristas. A acrobacia era uma forma de treinamento para os guerreiros, dos quais se exigia agilidade, flexibilidade e força. Com o tempo, a essas qualidades somou-se a graça, a beleza e a harmonia.

Em 108 a.C., houve uma grande festa em homenagem a visitantes estrangeiros, que foram brindados com apresentações acrobáticas surpreendentes. A partir daí, o imperador decidiu que todos os anos seriam realizados espetáculos do gênero durante o Festival da Primeira Lua. Até hoje os aldeãos praticam malabarismo com espigas de milho e brincam de saltar e equilibrar imensos vasos nos pés.

Nas pirâmides do Egito existem pinturas de malabaristas. Nos grandes desfiles militares dos faraós se exibiam animais ferozes das terras conquistadas, caracterizando os primeiros domadores.

Na Índia, os números de contorção e saltos fazem parte dos milenares espetáculos sagrados, junto com danças, música e canto.

Na Grécia, as paradas de mão, o equilíbrio mão a mão, os números de força e o contorcionismo eram modalidades olímpicas. Os sátiros faziam o povo rir, dando continuidade à linhagem dos palhaços...

No ano 70 a.C., em Pompéia, havia um anfiteatro destinado a exibições de habilidades incomuns.

O Circo Máximo de Roma apareceu pouco depois, mas foi destruído em um incêndio. Em 40 a.C., no mesmo local, foi construído o Coliseu, onde cabiam 87 mil espectadores. Lá, eram apresentadas excentricidades como homens louros nórdicos, animais exóticos, engolidores de fogo e gladiadores, entre outros. Porém, entre 54 e 68 d.C., as arenas passaram a ser ocupadas por espetáculos sangrentos, com a perseguição aos cristãos, que eram atirados às feras, diminuindo o interesse pelas artes circenses.

Os artistas passaram a improvisar suas apresentações em praças públicas, feiras e entradas de igrejas. Durante séculos, em feiras populares, barracas exibiram fenômenos, habilidades incomuns, truques mágicos e malabarismo.

No século XVIII, vários grupos de saltimbancos percorriam a Europa, especialmente a Inglaterra, França e Espanha. Eram freqüentes as exibições de destreza a cavalo, combates simulados e provas de equitação.

O CIRCO NO BRASIL

No Brasil, os circos sempre tiveram um vínculo com os ciganos, que vieram da Europa, onde eram perseguidos. Entre suas especialidades, incluía-se a doma de ursos, o ilusionismo e as exibições com cavalos. Há relatos de que eles usavam tendas e nas festas sacras havia bagunça, bebedeira e exibições artísticas, incluindo teatro de bonecos. Eles viajavam de cidade em cidade e adaptavam seus espetáculos ao gosto da população local. Números que não faziam sucesso na cidade eram tirados do programa.

O circo com suas características, em geral itinerante, existe no Brasil desde fins do século XIX. Os grupos circences desembarcavam em um porto importante, faziam seu espetáculo e partiam para outras cidades, descendo pelo litoral passando pelo Rio da Prata, até chegarem a Buenos Aires.

Instalando-se na periferia das grandes cidades e voltado para as classes populares, a modernização dos circos brasileiros não se deu em termos de espaço e equipamentos, mas com investimentos no elemento humano, levando em consideração suas destrezas, habilidades e criatividade. Por isso, os palhaços são as figuras centrais e deles depende o sucesso do espetáculo.

O circo brasileiro tropicalizou algumas atrações. O palhaço brasileiro falava muito, ao contrário do europeu, que era mais mímico. Era mais conquistador e malandro, seresteiro, tocador de violão, com um humor picante. O público também apresentava características diferentes: os europeus iam ao circo a fim de apreciar a arte; no Brasil, os números perigosos eram as atrações: trapézio, animais selvagens e ferozes.

Entre os problemas enfrentados pelos circos, nos dias de hoje, estão o alto preço cobrado pelo aluguel dos terrenos e a proibição da instalação de circos em algumas cidades. Por vezes, as autoridades locais temem os “forasteiros”.

Com informações do site http://www.itaucultural.org.br

MSB

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