quarta-feira, setembro 25, 2013

Um domingo na praça...

Ir para uma cidade pequena no interior (mesmo que de um dia para o outro), pode ensinar muita coisa. Às vezes é necessário dar um "pause" na vida cotidiana agitada das metrópoles, e prestar atenção em um outro ângulo do prisma.
Foi assim que me vi no último domingo: observando um pôr-do-sol lindo e uma cidade toda organizadinha. "Seja bem-vinda", escutava diversas vezes.
Me lembrei o que era sentar numa praça com os amigos para conversar (coisa que eu não fazia desde pequena, porque dependendo de onde se mora, praças podem ser perigosas), e milhares de aleatoriedades da vida me vieram à mente e foram postas na roda. E de repente, após milhares de boas-vindas e conversas, você se descobre aumentando seu círculo de amigos de maneira natural, sem facebook, internet, e muito menos capitalismo. E por falar em capitalismo, ele não esteve muito presente nessa experiência. "Quer sorvete, Fer?" Indagou-me uma pessoa que eu simplesmente havia acabado de conhecer (há menos de duas horas, para ser exata), mas que estava disposta a me dar todo e qualquer sorvete que eu quisesse naquele momento, e sem fins lucrativos. Sim, isso era o de menos naquela hora. Prezava-se os momentos.
E me vi admirando a profundidade dessa experiência em pleno domingo de sol, e chegando à conclusão de que relaxar às vezes é preciso, sair da rotina (ver as diferenças) e observar o que está à sua volta também. Além disso, as melhores coisas da vida são de graça: contemplar um céu bonito (de dia ou à noite), passear no parque, tomar sorvete, jogar conversa fora na beira da calçada... E o que são as adversidades perante a isso mesmo?
Não são nada, ou quase nada. Porque na vida tudo se adapta, e você deve achar o seu foco de adaptação.
A vida, ou o que nomeamos de vida. Porque ela nada mais é do que um prisma. Um prisma multifacetado, cheio de ângulos possíveis.

Jornalista da Equipe de Comunicação da ONG Hospitalhaços

Nenhum comentário:

Postar um comentário