terça-feira, maio 14, 2013

Brincadeira séria inspira estudantes na sala de aula


ONG Hospitalhaços treina voluntários para se vestirem de palhaços e alegrarem a vida de pacientes

Jovens realizam trabalho voluntário em vários hospitais
da região do Polo Textil
Qual o papel de um voluntário? O que leva uma pessoa a doar parte do seu tempo para ajudar o próximo? Essas e muitas outras perguntas foram respondidas aos alunos da Escola Estadual Professora Sebastiana Paié Rodella, em Americana, por homens e mulheres que, sem esperar nada em troca, realizam um trabalho de humanização nos hospitais. Eles fazem parte de uma ONG (organização não governamental) bastante conhecida no Brasil, a Hospitalhaços.

O bate-papo com os alunos, fruto do Projel (Programa Jornal na Escola) - uma parceria entre a Derame (Diretoria Regional de Ensino de Americana) e o Grupo LIBERAL de Comunicação - não só esclareceu curiosidades como fez com que os estudantes refletissem sobre o tema.

"Ser voluntário é uma atitude nobre, pois são poucas as pessoas que querem o bem de outra sem receber nada pelo trabalho feito", afirma Natália de Oliveira Silva, aluna do 8º ano. O gesto de solidariedade também foi comentado por Maini Tova da Silva, colega de classe de Natália. "Um voluntário pode influenciar a todos a sua volta a ser mais caridoso, mais consciente, para mostrar que pessoas em todo mundo necessitam de ajuda e precisam de uma vida melhor, além de atenção e carinho".

A Hospitalhaços atende 13 hospitais públicos e realiza mais de 30 mil atendimentos mensais. Na RPT (Região do Polo Têxtil), a ONG está presente no Hospital Estadual de Sumaré, Hospital Municipal de Paulínia, Hospital Municipal e Infantil de Americana, e o Hospital Estadual Mário Covas, em Hortolândia.

São 2,5 mil voluntários cadastrados e 430 palhaços atuantes. Juntos, eles implantam e administram brinquedotecas; criam condições de bem-estar e humanização para pacientes, familiares e profissionais da área da saúde; e levam diversão, distração e atenção com um único objetivo: conseguir um sorriso.

Quer ser um deles?

Se você ficou interessado no trabalho da Hospitalhaços e quer integrar a equipe, entre em contato com a direção da ONG por meio do e-mail apoio@hospitalhacos.org.br ou pelos telefones (19) 3237-2603 e 3234-3076.


Casal dá exemplo com 14 anos voltados ao próximo

Na Escola Estadual Professor Antonio Matarazzo, em Santa Bárbara d'Oeste, alunos do 9º ano descobriram o voluntariado ao conhecerem o trabalho desenvolvido na Casa de Recuperação "Bom Samaritano". Os estudantes assistiram a uma palestra ministrada pelos diretores da instituição - o casal Francisco Pereira de Souza, 57 anos, e Ducléia Aparecida de Souza, 52 anos - e ainda fizeram uma entrevista para acabar com as curiosidades.

Casal que dirige a Casa de Recuperação Bom Samaritano conversou com os alunos recuperação de dependentes químicos
Descobriram, por exemplo, que o casal se dedica aos dependentes químicos desde 29 de fevereiro de 1999. "Há quatro anos eles (diretores) construíram a sede da instituição. Os operários eram voluntários e os próprios dependentes químicos", diz trecho do texto assinado pelos estudantes Caroline Costa de Melo, Geovanna Godoy Ramos, Maria Isabela Monteiro Servino e Matheus Padilha Ferreira.

Atualmente a casa abriga aproximadamente 40 pessoas e conta com psicólogo, professor de informática, assistente social e médico. "O espaço tem vários quartos, área de lazer e lavanderia, onde os próprios internos lavam suas roupas", traz outro trecho do texto. Os jovens conheceram a instituição por meio de fotos.

O trabalho desenvolvido pelos estudantes foi supervisionado pelas professoras de Arte, Priscilla Kely de Souza de Oliveira - filha dos diretores da instituição - e de Língua Portuguesa, Lenice Márcia Pereira. 

"Cresci e aprendi que devemos sempre fazer o bem ao próximo. Esta sempre foi a minha educação e lição de vida. Por isso, levar os meus alunos para conhecer e passar a praticar o bem através do voluntariado, foi maravilhoso", destaca Priscila.


Fonte: O Liberal




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