sexta-feira, outubro 26, 2012

Quem é você, voluntário?


Para trabalhar pelo bem dos outros não é preciso ser rico, pós-graduado nem ter tempo de sobra. Bastante variado, o perfil do voluntário brasileiro mostra que todo mundo pode fazer sua parte.


Cada vez mais brasileiros descobrem como faz bem dedicar parte do seu tempo e da sua disposição para ajudar os outros. 25% da população do país faz ou já fez trabalho voluntário. São homens e mulheres, de todas as classes sociais e idades, que estão percebendo que essa experiência não traz só gratidão ou alegria – ela também faz bem para a saúde: melhora o sono, diminui o estresse e até aumenta a expectativa de vida.

Abaixo, você descobre dez fatos sobre o trabalho voluntário, reunidos a partir de pesquisas recentes do Ibope, do Datafolha e de renomadas universidades. Quem sabe, assim, não surge uma inspiração para seguir o mesmo caminho de quem já se doa, por vontade própria e prazer, para o bem comum?

1. Voluntários são de todas as classes sociais. A maioria dos voluntários brasileiros não é rica: 60% deles vêm das classes C, D e E. Em 2001, a porcentagem era praticamente invertida: 58% dos voluntários vinham das classes A e B. Uma década depois, quem se destaca é a classe C, cuja participação passou de 33% para 43%.

 2. Maior ou menor escolaridade. Apenas 20% dos voluntários brasileiros têm o ensino superior completo. Além disso, um em cada dez voluntários no país é analfabeto ou estudou apenas até a 3ª série do ensino fundamental. Ou seja: não é preciso grande conhecimento específico para ajudar quem precisa.

3. Do adolescente ao idoso: os voluntários brasileiros estão bem distribuídos por todas as faixas etárias. A idade média é de 39 anos. Um terço está abaixo dos 30 anos – grupo que compreende, inclusive, menores de idade. 12% têm mais de 60 anos.

 4. Sem muito tempo livre. No Brasil, 51% dos voluntários trabalham em período integral, e outros 14% cumprem expediente de meio período. Outro dado importante é que 62% dos voluntários têm filhos. Juntando essas informações, nota-se que, mesmo com diversas tarefas diárias com que se preocupar, o brasileiro não deixa de exercer atividades pelos outros, ainda que não seja pago para fazer isso.

 5. Movido pela solidariedade. Quando questionados a respeito do porquê de exercer uma atividade voluntária, 67% dos brasileiros respondem que fazem isso movidos pelo desejo de ajudar o outro de alguma forma, 32% dizem que querem fazer diferença e melhorar o mundo por meio de suas ações. Há também quem se torne voluntário para conhecer pessoas diferentes, melhorar a autoestima ou até desenvolver novas habilidades.

 6. Cuidar de outras pessoas é prioridade. 97% dos voluntários brasileiros têm como principal preocupação dar assistência a outras pessoas – especialmente a crianças e adolescentes, idosos e pessoas com deficiência. As ações voluntárias dos 3% restantes são voltadas para o meio ambiente e para os animais.

7. Para construir um país melhor. 83% dos brasileiros veem o trabalho voluntário como uma atividade de grande importância para melhorar o país. Para essas pessoas, tornar-se voluntário deixou de ser apenas uma boa ação que se faz para aliviar a consciência ou gastar tempo livre. Também é uma ferramenta estratégica na luta pela cidadania e pela inclusão social.

8. Injeção de ânimo. 77% dos voluntários brasileiros se dizem totalmente motivados a dar continuidade à atividade que exercem. O destaque vai para duas categorias em especial: no grupo acima de 50 anos, essa porcentagem aumenta para 83%; e nas classes D e E, sobe para 86%.

9. A religião mobiliza. No Brasil, 49% dos voluntários atuam em atividades realizadas pelas instituições religiosas que frequentam. Outras entidades que tradicionalmente organizam esse tipo de trabalho são órgãos de assistência social, associações de bairro e instituições de educação e saúde.

10. Faz bem para a saúde. Ser voluntário diminui o estresse, a insônia, a depressão, as úlceras e as dores de cabeça. Além disso, pesquisas feitas pelas Universidades de Michigan e Cornell apontam que quem se dedica ao trabalho voluntário vive mais. A explicação estaria na melhoria da qualidade de vida, graças à interação social e ao comprometimento com uma causa.





JF

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