terça-feira, maio 29, 2012

Depressão Infantil

Ao contrário do que muitos pensam, criança também sofre de depressão. A depressão que sempre pareceu um mal exclusivo dos adultos hoje em dia afeta cerca de 2% das crianças e 5% dos adolescentes do mundo.
Diagnósticar depressão é mais difícil nas crianças, pois os sintomas podem ser confundidos com malcriação, pirraça ou birra, mau humor, tristeza e agressividade. O que diferencia a depressão das tristezas do dia-a-dia é a intensidade, a persistência e as mudanças em hábitos normais das atividades da criança.
Costuma manifestar-se a partir de uma situação traumática, tais como: separação dos pais, mudança de colégio, morte de uma pessoa querida ou animal de estimação.

Sintomas:                                                                                                    
    * Sentimentos de desesperança.
    * Dificuldade de concentração, memória ou raciocínio.
    * Angústia.
    * Pessimismo.
    * Agressividade.
    * Falta de apetite.
    * Tronco arqueado.
    * Falta de prazer em executar atividades.
    * Isolamento.
    * Apatia.
    * Insônia ou sono excessivo que não satisfaz
    * Desatenção em tudo que tenta fazer.
    * Queixas de dores.
    * Baixa auto-estima e sentimento de inferioridade
    * Idéia de suicídio ou pensamento de tragédias ou morte.
    * Sensação freqüente de cansaço ou perda de energia
    * Sentimentos de culpa.
    * Dificuldade de se afastar da mãe.

Medos e aflições de abandono e rejeição.
Ao primeiro sinal de depressão, os pais devem acolher a criança e encaminhá-la a um profissional o mais rápido possível. Na maioria das vezes, o apoio da família e a psicoterapia são suficientes. Somente a partir dos 6 anos de idade, é necessário, em alguns casos, intervir com medicamentos. A depressão infantil desencadeia várias outras doenças tais como: anorexia, bulimia, etc.

Bibliografia:
ASSUMPÇÃO, F. B. Jr. Depressão na infância. Pediatria Moderna. 28 (4), p. 323 – 328, 1992.
BANDIN, J. M.; et al. Depressão em crianças: características demográficas e sintomatologia. Jornal Brasileiro de Psiquiatria. 44 (1), p. 27 – 32, 1995.
CHESS, S. e HASSIBI, M. Princípios e práticas da psiquiatria infantil .Porto Alegre: Artes Médicas, 1982.
Ballone GJ, Dificuldades de Aprendizagem, in. PsiqWeb, Internet, disponível em http://www.psiqweb.med.br/, revisto em 2005.


Depressão na Adolescência
Durante tempos acreditou-se que os adolescentes, assim como as crianças, não eram afetadas pela Depressão, já que se supunha que esta faixa etária não tinha problemas existenciais, pois, acreditava-se que a Depressão era uma resposta emocional à problemática da vida, sendo assim quem não tinha problemas não tinha Depressão.
Hoje em dia sabe-se que os adolescentes estão tão vulneráveis à Depressão quanto os adultos e ela é um distúrbio que deve ser encarado seriamente em todas as faixas etárias e classes sociais. A Depressão interfere de maneira extremamente significativa na vida, nas relações sociais e no bem-estar geral do adolescente, e podem levar ao suicídio se não for tratada. Todos nós experimentamos sentimentos transitórios de tristeza em alguma fase de nossa sobrevivência. Atualmente confundem-se muito estes sentimentos que se achegam em nossas vida e desaparecem sem tratamento algum, isto não se trata da depressão.
Depressão é uma doença como tantas outras com sintomas próprios, com duração e importância suficiente para afetar e comprometer a vida de um adolescente em todos os sentidos para se ter uma vida normal. Os deprimidos não devem ser julgados como loucos ou psicopatas.
O depressivo pode ter vários episódios de depressão no decorrer de sua vida. Muitas pessoas apresentam sua primeira crise depressiva durante a adolescência (entre os 13 e 18 anos).
Os adolescentes deparam-se com novas situações e várias pressões sociais que favorecem os mais sensíveis e sentimentais, a desenvolver quadros de depressão demonstrando sintomas de confusão, solidão, rebeldia, descontentamento, angústia etc.
As mudanças na fase da puberdade também são fatores que podem ser responsáveis pelo desencadeamento da depressão na adolescência, visto que há um certo descontentamento quanto ao quadro físico nesta fase, pois as meninas sonham com seios fartos, pernas bem torneadas e grossas pele de bebê, por outro lado os meninos sonham em ter barba, serem musculosos. Esse desencontro com o que se é com o que se esperava ser, podem desencadear dificuldades de adaptação, baixa auto-estima, falta de aceitação pessoal causando também problemas depressivos.
As novas relações sociais do adolescente, notadamente com os pais e com seu grupo de amigos também podem ser uma forte fonte de ansiedade e confusão ao sentir que ninguém o entende. Os adolescentes em geral sempre se acham injustiçados por tudo e por todos. Isto se agrava se este adolescente estiver dentro de uma família mal estruturada, ou que estaja passando por problemas tais como separação dos pais, problemas econômicos, violência doméstica, doença ou morte.
Normalmente o adolescente comunica-se mais através da ação, do que utilizando palavras, como por exemplo se ele é cobrado para que estude e suas notas estiverem na média ele se sente injustiçado e provavelmente terá uma diminuição nas notas por conta de mostrar que suas notas estavam dentro da média, o que seria bem mais fácil dialogar. Sendo assim, na busca de uma soluções para seus conflitos, os jovens podem recorrer às drogas, ao álcool, à prostituição ou a agressividade na tentativa de aliviar a ansiedade e encontrar tranqüilidade de vida.
A depressão pode também ser mascarada por doenças tais como a anorexia nervosa, a bulimia.
Normalmente os adolescentes deprimidos sentem-se cansados, sonolentos, exaustos e tendem a dormir horas a fio. Durante a crise depressiva o jovem tende a irritar-se com facilidade, isola-se de todos, tem dificuldade de concentração, perde o interesse por tudo, perde o prazer de viver, de realizar atividade que antes eram de seu interesse.

Tratamento
A primeira coisa a fazer é procurar ajuda de um profissional capacitado para que o mesmo possa diagnosticar a doença e então entrar com aconselhamento e tratamento. O adolescente, os familiares e o médico devem chegar a uma decisão sobre o tipo mais adequado de tratamento para o paciente. Para alguns adolescentes, o aconselhamento pode ser a única terapia necessária mas para outros não é o suficiente sendo necessário o uso de medicamentos juntamente com o aconselhamento que envolve o adolescente e sua família sendo bastante benéfico. 

Bibliografia:
WELLER, E. B. e WELLER, R. A. Transtornos depressivos em crianças e adolescentes. In: Transtornos psiquiátricos na infância e adolescência. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992.
BANDIN, J. M.; et al. Depressão em crianças: características demográficas e sintomatologia . Jornal Brasileiro de Psiquiatria. 44 (1), p. 27 – 32, 1995.
BARBOSA, A. B.; GAIÃO, A. de A. Ansiedade e depressão infanto-juvenil: um só transtorno . Pediatria Moderna . 35 (2), p. 46-56, 1999.
Ballone GJ, Dificuldades de Aprendizagem, in. PsiqWeb, Internet, disponível em http://www.psiqweb.med.br/, revisto em 2005.


Fonte: Fiocruz

FBR

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