sábado, maio 28, 2011

Palhaço Chaminé



Oi pessoal, sou o palhaço Chaminé do Hospital Mario Gatti,quem me apresentou o trabalho voluntário realizado pelos Hospitalhaços foi meu irmão Helton (palhaço Pepino-Hospital Puc) na hora já soube que seria isso que eu iria fazer.
Atuamos as quintas-feiras no Marião (apelido dado pela nossa supervisora pipoca) que por sinal é minha sogra, são grandes as amizades feitas ao longo desses anos, amizades de um dia, de um mês, de alguns minutos,etc. porém momentos únicos e de um valor inestimável vivido por nós voluntários. A união da equipe é fundamental e a motivação eu diria ser nosso combustível, cada palhaço é único, os nomes podem ate se repetir porem a identidade do palhaço é própria, tendo cada um o seu modo de agir,sentir,brincar e interagir com o paciente. Nesses anos uma quinta-feira em especial me marcou e me ensinou muito por isso quero compartilhar com vocês esse fato. Certa quinta estávamos todos no andar da pediatria, foi quando passei pela semi-uti e vi uma palhaçinha contando histórias com seu fantoche porém notei que a criança do leito onde ela estava se encontrava em coma já há algumas semanas, confesso achei aquilo estranho fiquei olhando até que ela me chamou e me apresentou a criança, eu fiquei mudo com cara de palhaço hehe não sabia o que fazer e ela no momento não perdeu a chance e ainda me chamo de palhaço mudinho mais descreveu exatamente como eu era e me pediu que cantasse com ela,quando saímos de lá perguntei: Mas ele está em coma “dormido” será que ele ouviu tudo o que fizemos?
Ela respondeu: Claro que sim, pode acreditar, ele está dormido já o coraçãozinho de anjo dele não, palavra de palhaça hehe, aquela cena se repetiu algumas semanas e eu também passei a fazer como á vi fazendo, foi quando num belo dia chegamos e a senhora que era acompanhante dessa criança veio ao nosso encontro e com muita alegria nos conto que ele já estava no quarto e que havia perguntado sobre a palhaçinha com cabelo rosa que contava historinhas de palhaços, naquele momento aprendi que quando vemos aquele paciente num estado mais grave e muitas vezes não visitamos por acharmos que estão “dormidos", estamos errados e devemos seguir sempre nosso coração e acreditar que alegria e o amor fazem à diferença nas melhores e nas piores horas, vi que devemos fazer o bem sem olhar a quem mesmo, nos doar por inteiro não importando com o estado ou condição, que nossa alegria de palhaço ultrapassa barreiras, crenças, condição social, etc. Posso dizer que ser um Hospitalhaços mudou minha vida, me fez ser um ser humano melhor e ver que um gesto pode mudar tudo e que uma simples rifa valendo a sogra fez a alegria de muitos pacientes numa tarde de quinta-feira,bom pessoal é isso aí um pouquinho da vida do Chaminé um palhaço Feliz.
Abraços Clayton Incerti.

Um comentário:

  1. Mto comovente! Adorei!!!Parabéns à todos vcs q fazem esse trabalho lindo... Com certeza serão bem recompensados por Deus..... Parabéns especialmente à vc CLayton... Bjão.....

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