Uma palhaça meio que sem graça, que frequentemente visitava um hospital. Percorria os corredores, procurava olhares e distribuía sorrisos por onde passava.
Numa tarde de sábado, ao caminhar pelo hospital, se deparou com um grupo grande de pessoas. Pessoas de várias idades, várias histórias, várias necessidades e expectativas. Quando de repente avistou um pequeno menino e com ele trocou sorrisos, gestos e palavras... Foi um encontro breve, inesperado e como todo encontro, houve a hora da despedida.
Nesse momento, a palhaça pediu a ele que fizesse uma “conchinha” com as mãos e naquela pequenez, depositou simbolicamente vários beijos, todos endereçados. Pediu a ele que levasse em suas mãos um beijo para o seu pai, para a sua mãe, para a sua tia, todos aqueles que ele já havia lhe contado que estavam ali, presentes em meio aquele aglomerado de pessoas.
Ao final da despedida, a palhaça virou-se e continuou sua caminhada em meio à multidão.
Nesse exato momento, uma voz chamou sua atenção. Parou, olhou para trás, era o menino que correu em direção a sua mãe e disse: “Mãe! Mãe! Olha o que a palhaça deu pra gente!” Nesse instante, sua mãe sem saber ao certo o que havia entre suas pequenas mãozinhas, estendeu a mão para receber o que seu filho trazia. Com muita alegria e sorriso nos lábios, ele despejou nas mãos de sua mãe os beijos simbólicos que a palhaça com tanto carinho lhe confiou.
Ah... que momento encantador e fantástico! Sentimento que as palavras não conseguem reproduzir...
São momentos e histórias como esta, que me motivam a prosseguir. Gestos simples para alguns... e de grande representatividade para outros... tudo depende da ótica e da sensibilidade individual de cada coração.
O que me move a retornar a cada sábado e dar vida a Balangandanga é acreditar que na minha pequenez como ser humano, posso levar ao menos um sorriso, um gesto, um olhar de carinho que pode colorir por alguns instantes a vida de alguém.
O que me motiva a adentrar no ambiente hospitalar expondo e assumindo o meu lado ridículo, o meu rosto maquiado, minha roupa colorida e esquisita, a minha piada improvisada e sem graça, o meu jeito bobo de jogar conversa fora e rir de coisas simples, é saber que existem muitas pessoas ali dentro [do hospital] esperando pelo momento de dar uma risada, ouvir uma piada, jogar conversa fora, serem ouvidas ou apenas esperando por um sorriso, por uma voz dizendo baixinho: Oi! Eu vim te ver!
O que faço é pouco perto do que gostaria e poderia fazer. Mas esse pouco, às vezes se torna o bastante, quando recebo em troca o sorriso que brota de um paciente.
Paula
Balangandanga
Muito bonito esse texto =D deve ser muito gratificante mesmo trabalhar desta forma.
ResponderExcluirbjus
eu não sei o que quer dizer a palavra balandandanga,nunca tinha ouvido falar
ResponderExcluirmas sem saber o porque comecei a chamar minhas cachorrinhas de balangandanga, carinhosamente brincando com elas,fiquei curiosa e vim procurar no google esta palavra,e me deparei com
essa história verídica e muito linda.
se 10 por cento da humanidade tivesse atitudes de amor com o próximo como voce tem,o mundo seria bem melhor,e com certeza não haveria tanta
injustiça social e tanta violencia para com as crianças em geral,se as pessoas doassem um pouquinho de seu tempo a dar amor e atenção as crianças de hoje pois elas serão o futuro de amanhã.
parabéns pelo seu gesto de amor,que Deus continue te abençoando e te usando nesse trabalho social e de amor as crianças
que sirva de exemplo para pessoas que só ficam reclamando da vida,se lamentando enquanto poderiam estar ajudando e se ajudando pois fazer o bem doar amor só vem a fazer bem a nós mesmo e a nos sentir melhor como ser humano.
a peesoa so é inutil quando ela quer,basta estender a mão ao seu próximo,se achegar mais a Deus e verás o quanto Deus tem de bençãos para essas pessoas que estão inertes sem nenhuma iniciativa,Deus espera que tomamos o primeiro passo,para que Ele complete a sua boa obra em nossas vidas.
Obrigado pelo espaço,e mais uma vez meus parabéns pelo lindo trabalho.fik com Deus