Para trabalhar pelo bem dos outros
não é preciso ser rico, pós-graduado nem ter tempo de sobra. Bastante variado,
o perfil do voluntário brasileiro mostra que todo mundo pode fazer sua parte.
Cada vez mais brasileiros descobrem como faz bem dedicar
parte do seu tempo e da sua disposição para ajudar os outros. 25% da população
do país faz ou já fez trabalho voluntário. São homens e mulheres, de todas as
classes sociais e idades, que estão percebendo que essa experiência não traz só
gratidão ou alegria – ela também faz bem para a saúde: melhora o sono, diminui
o estresse e até aumenta a expectativa de vida.
Abaixo, você descobre dez fatos sobre o trabalho voluntário,
reunidos a partir de pesquisas recentes do Ibope, do Datafolha e de renomadas
universidades. Quem sabe, assim, não surge uma inspiração para seguir o mesmo
caminho de quem já se doa, por vontade própria e prazer, para o bem comum?
1. Voluntários são de todas as classes sociais. A maioria
dos voluntários brasileiros não é rica: 60% deles vêm das classes C, D e E. Em
2001, a porcentagem era praticamente invertida: 58% dos voluntários vinham das
classes A e B. Uma década depois, quem se destaca é a classe C, cuja
participação passou de 33% para 43%.
2. Maior ou menor
escolaridade. Apenas 20% dos voluntários brasileiros têm o ensino superior
completo. Além disso, um em cada dez voluntários no país é analfabeto ou
estudou apenas até a 3ª série do ensino fundamental. Ou seja: não é preciso
grande conhecimento específico para ajudar quem precisa.
3. Do adolescente ao idoso: os voluntários brasileiros estão
bem distribuídos por todas as faixas etárias. A idade média é de 39 anos. Um
terço está abaixo dos 30 anos – grupo que compreende, inclusive, menores de
idade. 12% têm mais de 60 anos.
4. Sem muito tempo
livre. No Brasil, 51% dos voluntários trabalham em período integral, e outros
14% cumprem expediente de meio período. Outro dado importante é que 62% dos
voluntários têm filhos. Juntando essas informações, nota-se que, mesmo com
diversas tarefas diárias com que se preocupar, o brasileiro não deixa de
exercer atividades pelos outros, ainda que não seja pago para fazer isso.
5. Movido pela
solidariedade. Quando questionados a respeito do porquê de exercer uma
atividade voluntária, 67% dos brasileiros respondem que fazem isso movidos pelo
desejo de ajudar o outro de alguma forma, 32% dizem que querem fazer diferença
e melhorar o mundo por meio de suas ações. Há também quem se torne voluntário
para conhecer pessoas diferentes, melhorar a autoestima ou até desenvolver
novas habilidades.
6. Cuidar de outras
pessoas é prioridade. 97% dos voluntários brasileiros têm como principal
preocupação dar assistência a outras pessoas – especialmente a crianças e
adolescentes, idosos e pessoas com deficiência. As ações voluntárias dos 3%
restantes são voltadas para o meio ambiente e para os animais.
7. Para construir um país melhor. 83% dos brasileiros veem o
trabalho voluntário como uma atividade de grande importância para melhorar o
país. Para essas pessoas, tornar-se voluntário deixou de ser apenas uma boa
ação que se faz para aliviar a consciência ou gastar tempo livre. Também é uma
ferramenta estratégica na luta pela cidadania e pela inclusão social.
8. Injeção de ânimo. 77% dos voluntários brasileiros se
dizem totalmente motivados a dar continuidade à atividade que exercem. O
destaque vai para duas categorias em especial: no grupo acima de 50 anos, essa
porcentagem aumenta para 83%; e nas classes D e E, sobe para 86%.
9. A religião mobiliza. No Brasil, 49% dos voluntários atuam
em atividades realizadas pelas instituições religiosas que frequentam. Outras
entidades que tradicionalmente organizam esse tipo de trabalho são órgãos de
assistência social, associações de bairro e instituições de educação e saúde.
10. Faz bem para a saúde. Ser voluntário diminui o estresse,
a insônia, a depressão, as úlceras e as dores de cabeça. Além disso, pesquisas
feitas pelas Universidades de Michigan e Cornell apontam que quem se dedica ao
trabalho voluntário vive mais. A explicação estaria na melhoria da qualidade de
vida, graças à interação social e ao comprometimento com uma causa.
Fonte: Revista Sorria
JF
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