Bordar,
pintar, recortar e colar são atividades que podem mudar a vida de quem não
encontra mais sentido para a existência. A afirmativa pode soar dramática, mas
é verdadeira, segundo a terapeuta ocupacional Glória Ferreira, "trabalhos
manuais ajudam a despertar os requisitos básicos de autoestima. Além de
ser uma forma de muitas pessoas - como crianças abandonadas, portadores de
deficiência, desempregados, presidiários e idosos - serem inseridas na
sociedade, estimula o sentimento de se sentir capaz e produtivo", diz a
profissional.
Pessoas com
baixa autoestima conseguem desenvolver a criatividade, o que acaba gerando uma série de novas sensações e
sentimentos. "Mesmo quem acredita não ter aptidão acaba se beneficiando. O
estímulo de iniciar algo do zero e transformar em um artigo útil e bonito é
como uma injeção de ânimo", diz.
O simples fato de fazer algo já é tido
como uma espécie de remédio contra angústia de quem não se sente útil. Pessoas
que deprimidas pela falta de perspectivas de melhora encontram um alento
desafiador ao se dedicarem aos trabalhos manuais.
Superar
dificuldades como a timidez ou experiências dolorosas com outras pessoas também
ajuda na escalada de recuperação do amor próprio. A troca pessoal que existe em
grupos e ONGs destinados à qualquer tipo de reinserção social ou de amparo à
necessitados ajuda os integrantes a superarem traumas.
Aptidão ou dom
específico não são necessários para começar a praticar uma atividade manual. A
ideia de muitos grupos, ONGs e oficinas é justamente ensinar técnicas, ou seja,
ninguém chega sabendo todos os passos para a concepção de determinado trabalho.
Fonte: Minha Vida
AA
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