domingo, outubro 09, 2011

Dê um passo à frente! Fazemos a diferença!

Foi correndo na esteira da academia que Danielle, hoje com 34 anos, teve o estalo: com o que ela aprendera na faculdade de medicina era possível salvar vidas. E não só das pessoas com condições de marcar hora nos hospitais e nas clínicas em que ela trabalhava, mas também de outras muito mais necessitadas. Gente que ela jamais conheceria se não tomasse a iniciativa de procurá-las. Poderia ser um pensamento passageiro, esquecido tão logo o exercício acabasse. O comum seria encarar essa iniciativa como algo muito trabalhoso, ainda mais para resolver um problema alheio ao qual seria tão fácil fechar os olhos.Mas Danielle levou a ideia adiante. Bolou um plano e convidou o então namorado, Carlos , atual marido, também médico, a enfrentar a empreitada. Ele topou. Durante um ano, a dupla se preparou para a aventura. Compraram um jipe e, em 2007, caíram na estrada. No decorrer de um ano e meio, visitaram as 47 cidades brasileiras com a pior qualidade de vida, segundo o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Levaram atenção, orientação e medicamentos a comunidades sem a mínima infraestrutura de saúde pública. Em abril deste ano, voltaram a São Paulo. Exaustos, mas felizes como nunca. Seja dedicando a vida a uma causa, doando só algumas horas por mês ou agregando momentos únicos a uma viagem, o voluntariado gera relatos apaixonados. Danielle e Carlos não têm dúvidas de quanto contribuíram para cada pessoa que atenderam, mas também sabem como a experiência foi engrandecedora na vida deles. “Muita gente não tinha nem água potável. Eram pessoas tão simples e, ao mesmo tempo, tinham um equilíbrio e uma alegria que não se acham facilmente por aí”, conta Danielle, lembrando uma das várias lições que trouxe na mala. Agora radicados em Fernandópolis (SP), eles não pretendem abandonar a ajuda gratuita a quem mais precisa. “Vamos trabalhar com as comunidades carentes daqui. Sei que somos só dois médicos, com inúmeras limitações, mas sinto que fazemos a diferença.”
O casal faz parte dos 19,7 milhões de brasileiros que relizam trabalho voluntário, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Se esse tipo de ação fosse tão praticada quanto admirada, o número seria muito maior: de acordo com pesquisa de 2001 do instituto Datafolha, 83% dos entrevistados consideram a iniciativa muito importante para o Brasil, mas 73% nunca prestaram nenhum tipo de serviço voluntário. Entre os que se dedicam, a média de tempo doado por mês é de seis horas. Mas tem gente que ultrapassa muito esse limite, transformando a vida por uma causa, sem nenhum retorno financeiro.
Dê um passo à frente. Animou-se com a ideia de fazer trabalho voluntário, mas não sabe por onde começar? Confira como você pode apoiar a nossa causa no nosso site
Sentir-se útil na própria comunidade é um dos grandes prazeres que o voluntariado tem a oferecer.
Fonte adaptada: Revista Sorria

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