Campanha publicitária da revista feminina Vanity Fair. Foto: Divulgação |
Ela entrou para a fila de transplantes de córnea, passou por mais duas cirurgias e recuperou 100% da visão – voltando a enxergar o mundo sob os antigos olhos castanhos.
Desesperados para se encaixar em um certo “padrão” de beleza, os jovens também estão embarcando na ideia de mudar o corpo precocemente. Tanto que o número de cirurgias plásticas em pessoas de 14 a 18 anos mais do que dobrou em quatro anos. Saltou de 37.740 procedimentos em 2008 para 91.100 em 2012, um aumento de 141% segundo dados da SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica).
Atualmente o Brasil só perde para os Estados Unidos em número de cirurgias plásticas. Enquanto aqui foram realizados 905,1 mil procedimentos cirúrgicos em 2011, nos EUA foram 1,904 milhão. De acordo com a SBCP, quase 16% dos cirurgiões plásticos do mundo estão no Brasil.
Para o cirurgião plástico Alan Landecker, Membro Titular e Especialista em Cirurgia Plástica pela SBCP, é na adolescência que formamos nossa personalidade, por isso a cirurgia deve ser muito bem estudada. “A cirurgia plástica é um procedimento que realça alguma parte do corpo e, com isso, a autoestima tende a crescer, proporcionando mais segurança. A adolescente espera se sentir mais confiante entre os amigos e frente aos garotos”, afirma em entrevista ao site Vya Estelar.
Além dos riscos comuns a qualquer procedimento, como a infecção, a cirurgia em adolescentes tem um problema adicional por expectativa não realista e elas são causadas devido à personalidade em formação do adolescente. “A adolescente que tem problemas de autoimagem, dificilmente ficará satisfeita com o resultado de uma plástica. É fundamental que a estrutura psicológica da adolescente esteja preparada para encarar e aceitar a mudança de imagem que a cirurgia irá proporcionar”, explica Landecker.
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