O palhaço é o representante mundial da graça, da alegria, do
riso. Inúmeros estudos afirmam que pessoas engraçadas estão sempre rodeadas por
muitas pessoas e são muito bem aceitas e requisitadas em qualquer lugar. A
graça faz muito bem ao ser humano e o palhaço funciona como condutor ao caminho
do riso. Seja pela expressão do seu corpo, seja pelas anedotas, seja pelas
histórias e aventuras que nunca dão certo.
Etimologia
A palavra Palhaço deriva do italiano “paglia”, que quer dizer palha, que era o material usado no revestimento de colchões. O nome começou a ser usado porque a primitiva roupa desse cômico era feita do mesmo pano e do mesmo revestimento dos colchões: um tecido grosso, listrado e afofado nas partes mais salientes do corpo com palha, fazendo de quem a vestia um verdadeiro "colchão" ambulante. Esse revestimento de palha os protegia das constantes quedas e estripulias.
A palavra Palhaço deriva do italiano “paglia”, que quer dizer palha, que era o material usado no revestimento de colchões. O nome começou a ser usado porque a primitiva roupa desse cômico era feita do mesmo pano e do mesmo revestimento dos colchões: um tecido grosso, listrado e afofado nas partes mais salientes do corpo com palha, fazendo de quem a vestia um verdadeiro "colchão" ambulante. Esse revestimento de palha os protegia das constantes quedas e estripulias.
A palavra Clown é de origem inglesa e começou a ser
utilizada no século XVI. Deriva de cloyne, cloine, clowne. Etimologicamente vem
de clod, que em inglês significa "camponês" e ao seu meio rústico, a
terra (estúpido, cabeça-dura, bronco). O termo em inglês é amplamente
utilizado, por conta da influencia do britânico Philip Astley, considerado o
"pai do circo moderno”.
Embora vinculado aos circos, o palhaço pode atuar também em
espetáculos abertos, em teatro, em programas de televisão ou em qualquer outro
ambiente. Em várias ocasiões é o personagem que tem a tarefa de entreter o
público durante e entre as apresentações, especialmente no circo. É geralmente
vestido de um jeito engraçado, com trajes desproporcionais e multicoloridos,
com aplicações de pinturas (maquiagens) especiais, e acessórios
característicos.
Ser Palhaço
Ser palhaço não é só colocar um nariz vermelho, uma roupa
engraçada e saber contar uma piada. O palhaço é um arquétipo social e sua
função é muito séria, sincera e respeitosa. Ele é a representação da
falibilidade humana, do fracasso, da inadequação, do ridículo que existe em
cada um de nós, do ridículo que é presente na sociedade.
Trabalhar esta linguagem exige muita dedicação, estudo e,
por que não dizer, disposição, pois escolher colocar um nariz vermelho - e se
expor - significa escolher tirar todas as “armaduras”, as “máscaras”, as representações
cotidianas e deixar com que todos vejam o seu “lado frágil”, aquilo que você
chama de defeitos – físicos e psicológicos –, o seu ridículo, o seu fracasso.
Eis a função do palhaço.
Quando isso é exposto de maneira sincera e verdadeira,
quando este lado frágil é mostrado e quando se deixa rir dele, automaticamente
existe uma identificação de quem o assiste, seja uma identificação pessoal com
a “figura inadequada” que é o palhaço, ou uma identificação com o ambiente em
que ele está inserido, justamente por que ele mostra as “falhas” desse
ambiente, dessa sociedade.
Origens
Esta função existe desde a Antigüidade, quando o Bobo da
Corte podia falar as verdades sobre o reino e sobre o seu rei, sem perder a
cabeça. Afinal de contas, ele era “só” o Bobo da Corte. Ele podia dizer, por
exemplo, o quanto o seu Rei era soberbo ou o quanto era estúpido, satirizando
situações que já tinha presenciado. E, os outros riam, inclusive o Rei. Riam
porque sabiam que aquilo tinha mesmo acontecido, não exatamente daquela maneira
exagerada, mas tinha acontecido, ou ainda, poderia acontecer. E o Bobo podia
fazer tudo isso simplesmente por que brincava com a situação.
O palhaço não aponta seus defeitos e nem os defeitos de
ninguém. Ele deixa que os outros apontem, que os outros percebam. Ele mostra,
de uma maneira sutil e sincera, o que todo mundo tenta esconder.
Palhaços de Hospitais
A presença de palhaços nos hospitais abre as portas para um
universo de possibilidades de troca, de riso, de jogo, que só esta figura pode
proporcionar. Em um ambiente onde todas as ações devem ser medidas com
exatidão, sem dar a menor chance para o erro, o palhaço instaura um novo espaço
onde vale cantar, dançar, falar bobagens e rir de si mesmo. A arte pode fazer
isso: transformar espaços e pessoas. Nesse sentido, a presença do palhaço no
hospital tem como um de seus objetivos, tirar, por alguns minutos, o paciente
do seu estado de “paciente”, dando a ele a oportunidade de viajar para um lugar
novo, onde tudo é possível. Uma brincadeira séria.
Mauricio Batarce
Mauricio Batarce
Jornalista da Equipe de Comunicação da ONG Hospitalhaços
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