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Que tal aproveitar esta época do ano, se inspirar no espírito natalino e se engajar em um trabalho voluntário? Além de ajudar o próximo, doar um pouco de tempo a um desconhecido faz bem ao corpo e à mente. E não é preciso um grande gesto: mesmo pequenas atitudes, se feitas com generosidade e de “coração aberto”, são potencialmente benéficas para a saúde.
Segundo o médico e neurocientista Jorge Moll Neto, experimentos utilizando mapeamento cerebral por ressonância magnética mostraram que pessoas que fizeram doações para instituições de caridade tiveram os mesmos “centros de recompensa” do cérebro ativados que indivíduos que se dedicaram a outros eventos prazerosos, como comer chocolate, receber um elogio ou uma soma em dinheiro ou ouvir música.
— Vimos também que o doar ativou, de forma seletiva, duas regiões do cérebro (o córtex subgenual e a área septal) que estão relacionadas ao sentimento de apego, de pertencimento. Essas regiões estão envolvidas, por exemplo, no cuidado que uma mãe tem com o filho e na união entre casais. Ou seja, quando você age em favor de uma causa ou princípio importante, você está ativando um sistema que foi desenvolvido ao longo de milhões de anos para promover os laços familiares e de amizade — explica Jorge Moll Neto, autor da pesquisa e diretor-presidente do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR).
Além disso, de acordo com o especialista, nos últimos anos, estudos vêm acumulando evidências de que o engajamento voluntário em causas sociais e o empenho em promover o bem-estar alheio estão associados tanto à maior longevidade quanto à redução do risco de diversas doenças, como problemas cardíacos e depressão, por exemplo.
Para a psicóloga Teresa Beatriz Eder, estender a mão aos mais necessitados valoriza o ser humano e dá um novo sentido à vida.
— O voluntário cresce como pessoa porque percebe que, mesmo ele próprio passando por alguma dificuldade, é capaz de ajudar os outros. Isso tira o foco dos problemas, dá um refresco à mente e permite ver o mundo de forma diferente — diz Teresa, do Hospital Caxias D’Or. — Tempo, ninguém tem muito. Mas quando nós nos propomos a realizar um serviço voluntário e vemos o quanto isso faz bem, arrumamos tempo para fazer mais vezes.
Ânimo para prosseguir com a vida ou o tratamento
Há cinco anos, Pablo Tavares, de 31, se dedica a visitar hospitais para levar um pouco de carinho, atenção e alegria a crianças internadas. Se não há retorno financeiro, a recompensa emocional é enorme.
— Eu trabalhava em banco e já fazia trabalho voluntário. Quando fui demitido, resolvi que queria fazer aquilo para sempre, não de forma amadora, mas como uma profissão — conta Pablo, que criou a Trupe Miolo Mole em 2013. — O voluntariado me traz satisfação pessoal porque é uma relação de troca.
Pablo diz que começou a fazer serviços voluntários de forma despretensiosa e, depois, se apaixonou pelo trabalho:
— Se eu estivesse internado em um hospital, queria ser tratado daquela forma. Quero dar o que gostaria de receber. Amo ao próximo como a mim mesmo. Às vezes, as pessoas reclamam, mas não fazem nada para melhorar o mundo. Eu estou tentando mudá-lo um pouco. Já recebi mensagens de crianças falando como meu trabalho as ajudou no tratamento. Faz muita diferença para mim saber que estou fazendo a diferença para os outros. Quero ficar velhinho fazendo isso.
Segundo o médico e neurocientista Jorge Moll Neto, experimentos utilizando mapeamento cerebral por ressonância magnética mostraram que pessoas que fizeram doações para instituições de caridade tiveram os mesmos “centros de recompensa” do cérebro ativados que indivíduos que se dedicaram a outros eventos prazerosos, como comer chocolate, receber um elogio ou uma soma em dinheiro ou ouvir música.
— Vimos também que o doar ativou, de forma seletiva, duas regiões do cérebro (o córtex subgenual e a área septal) que estão relacionadas ao sentimento de apego, de pertencimento. Essas regiões estão envolvidas, por exemplo, no cuidado que uma mãe tem com o filho e na união entre casais. Ou seja, quando você age em favor de uma causa ou princípio importante, você está ativando um sistema que foi desenvolvido ao longo de milhões de anos para promover os laços familiares e de amizade — explica Jorge Moll Neto, autor da pesquisa e diretor-presidente do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR).
Além disso, de acordo com o especialista, nos últimos anos, estudos vêm acumulando evidências de que o engajamento voluntário em causas sociais e o empenho em promover o bem-estar alheio estão associados tanto à maior longevidade quanto à redução do risco de diversas doenças, como problemas cardíacos e depressão, por exemplo.
Para a psicóloga Teresa Beatriz Eder, estender a mão aos mais necessitados valoriza o ser humano e dá um novo sentido à vida.
— O voluntário cresce como pessoa porque percebe que, mesmo ele próprio passando por alguma dificuldade, é capaz de ajudar os outros. Isso tira o foco dos problemas, dá um refresco à mente e permite ver o mundo de forma diferente — diz Teresa, do Hospital Caxias D’Or. — Tempo, ninguém tem muito. Mas quando nós nos propomos a realizar um serviço voluntário e vemos o quanto isso faz bem, arrumamos tempo para fazer mais vezes.
Ânimo para prosseguir com a vida ou o tratamento
Há cinco anos, Pablo Tavares, de 31, se dedica a visitar hospitais para levar um pouco de carinho, atenção e alegria a crianças internadas. Se não há retorno financeiro, a recompensa emocional é enorme.
— Eu trabalhava em banco e já fazia trabalho voluntário. Quando fui demitido, resolvi que queria fazer aquilo para sempre, não de forma amadora, mas como uma profissão — conta Pablo, que criou a Trupe Miolo Mole em 2013. — O voluntariado me traz satisfação pessoal porque é uma relação de troca.
Pablo diz que começou a fazer serviços voluntários de forma despretensiosa e, depois, se apaixonou pelo trabalho:
— Se eu estivesse internado em um hospital, queria ser tratado daquela forma. Quero dar o que gostaria de receber. Amo ao próximo como a mim mesmo. Às vezes, as pessoas reclamam, mas não fazem nada para melhorar o mundo. Eu estou tentando mudá-lo um pouco. Já recebi mensagens de crianças falando como meu trabalho as ajudou no tratamento. Faz muita diferença para mim saber que estou fazendo a diferença para os outros. Quero ficar velhinho fazendo isso.
Para quem recebe a boa ação, principalmente quando se trata de pacientes, o benefício é se sentir mais animado, apesar dos obstáculos.
— A pessoa percebe que não está sozinha, que há gente preocupada com ela. Isso a motiva a prosseguir com o tratamento ou a própria vida — diz a psicóloga Teresa Eder. — O trabalho voluntário é um remédio para ambos os lados.
Ajudar um parente, um vizinho ou um amigo já pode ser um primeiro passo.
— Aquilo que você faz e que, ao colocar a cabeça no travesseiro, lhe faz pensar “que bom que fiz isso, minha consciência está tranquila” ou “isso fez bem a alguém, sinto-me uma pessoa um pouquinho melhor” provavelmente desencadeará efeitos benéficos à saúde — completa Jorge Moll Neto.
Fonte: Jornal Extra
— A pessoa percebe que não está sozinha, que há gente preocupada com ela. Isso a motiva a prosseguir com o tratamento ou a própria vida — diz a psicóloga Teresa Eder. — O trabalho voluntário é um remédio para ambos os lados.
Ajudar um parente, um vizinho ou um amigo já pode ser um primeiro passo.
— Aquilo que você faz e que, ao colocar a cabeça no travesseiro, lhe faz pensar “que bom que fiz isso, minha consciência está tranquila” ou “isso fez bem a alguém, sinto-me uma pessoa um pouquinho melhor” provavelmente desencadeará efeitos benéficos à saúde — completa Jorge Moll Neto.
Fonte: Jornal Extra