Cantar pode até não espantar os males, como apregoa a sabedoria popular, mas a utilização de sons, ritmos e melodias ajuda a restabelecer a saúde de alguns pacientes. É o que garantem médicos das mais diferentes especialidades, que utilizam a musicoterapia como recurso terapêutico no tratamento multidisciplinar de inúmeras doenças, como hipertensão, enfermidades cardiovasculares e até câncer.
"A musicoterapia é um excelente complemento ao tratamento convencional. A técnica não consiste em tocar uma música para o paciente ficar alegre. A proposta é fortalecê-lo emocionalmente para melhor lidar com os sintomas da doença. Isoladamente, a musicoterapia pode até não curar ninguém, mas promove melhoras no quadro clínico", salienta a psicóloga e musicoterapeuta Cristiane Ferraz Prade, que utiliza a técnica no tratamento de crianças portadoras de câncer.O efeito terapêutico da música, porém, vai muito além do aspecto tranqüilizante de uma sonata de Bach ou uma sinfonia de Beethoven. Estudos garantem que a música potencializa a reabilitação de pacientes em casos de doenças degenerativas do cérebro, como Parkinson e Alzheimer, melhora a coordenação motora de deficientes físicos e induz a liberação de certas substâncias, como dopamina e serotonina, que proporcionam sensação de prazer e bem-estar.
"A enfermaria de um hospital não tem por que ser um lugar triste e depressivo. Não há nada pior para a recuperação de um paciente do que ficar imobilizado em cima de uma cama olhando para o teto. Música é um grande aliado terapêutico porque estimula imunologicamente o indivíduo. Hospital não deve ser visto como um lugar onde se tratam doenças e, sim, onde se promove a saúde. E, para a saúde, não há nada melhor do que boa música", garante Daniel Chutorianscy.
Música faz bem ao coração. A cardiologista Thamine Hatem é outra entusiasta da utilização terapêutica da música no pós-operatório de patologias cardíacas. Este ano, ela submeteu 84 crianças, entre 1 e 16 anos, a sessões de 30 minutos de musicoterapia. O trabalho mostrou que a música ajuda a regularizar a pressão arterial e a freqüência cardiorrespiratória dos pacientes.
"Normalmente, a música clássica e as canções de ninar são as mais indicadas porque a freqüência cardiorespiratória do paciente tende a acompanhar o ritmo da música que ele está ouvindo. Algumas, em vez de diminuir, até aumentam. A técnica é tão eficiente que, ao reduzir a dor e a ansiedade, reduz-se também o consumo de analgésicos e sedativos", afirma a cardiologista.
"Quando você sofre um derrame, precisa reaprender a fazer praticamente tudo. Se me tornei mais confiante e equilibrado, só tenho a agradecer à musicoterapia. E, quando falo em equilíbrio, me refiro ao sentido literal da palavra. Até pouco tempo atrás, não conseguia tomar banho ou me barbear sozinho. Hoje, já tenho até vontade de dançar quando ouço 'Carinhoso' ou 'A Volta do Boêmio'", brinca.Herbert é padrinho de campanha
A campanha "Entre Nessa Sintonia", promovida pela ABBR, tem um padrinho famoso: o vocalista dos Paralamas do Sucesso, Herbert Vianna, que ficou paraplégico depois de sofrer um acidente de ultraleve em 2001. Durante a recuperação, foi submetido a sessões de musicoterapia no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília.
"Quando estava no hospital, pedia que meus filhos me levassem discos e violão. Com a música, eu canalizava a atenção para outras coisas que não fossem a dor que sentia. A música é o remédio mais elevado que existe"
Fonte: Hospital do Coração
"A musicoterapia é um excelente complemento ao tratamento convencional. A técnica não consiste em tocar uma música para o paciente ficar alegre. A proposta é fortalecê-lo emocionalmente para melhor lidar com os sintomas da doença. Isoladamente, a musicoterapia pode até não curar ninguém, mas promove melhoras no quadro clínico", salienta a psicóloga e musicoterapeuta Cristiane Ferraz Prade, que utiliza a técnica no tratamento de crianças portadoras de câncer.O efeito terapêutico da música, porém, vai muito além do aspecto tranqüilizante de uma sonata de Bach ou uma sinfonia de Beethoven. Estudos garantem que a música potencializa a reabilitação de pacientes em casos de doenças degenerativas do cérebro, como Parkinson e Alzheimer, melhora a coordenação motora de deficientes físicos e induz a liberação de certas substâncias, como dopamina e serotonina, que proporcionam sensação de prazer e bem-estar.
"A enfermaria de um hospital não tem por que ser um lugar triste e depressivo. Não há nada pior para a recuperação de um paciente do que ficar imobilizado em cima de uma cama olhando para o teto. Música é um grande aliado terapêutico porque estimula imunologicamente o indivíduo. Hospital não deve ser visto como um lugar onde se tratam doenças e, sim, onde se promove a saúde. E, para a saúde, não há nada melhor do que boa música", garante Daniel Chutorianscy.
Música faz bem ao coração. A cardiologista Thamine Hatem é outra entusiasta da utilização terapêutica da música no pós-operatório de patologias cardíacas. Este ano, ela submeteu 84 crianças, entre 1 e 16 anos, a sessões de 30 minutos de musicoterapia. O trabalho mostrou que a música ajuda a regularizar a pressão arterial e a freqüência cardiorrespiratória dos pacientes.
"Normalmente, a música clássica e as canções de ninar são as mais indicadas porque a freqüência cardiorespiratória do paciente tende a acompanhar o ritmo da música que ele está ouvindo. Algumas, em vez de diminuir, até aumentam. A técnica é tão eficiente que, ao reduzir a dor e a ansiedade, reduz-se também o consumo de analgésicos e sedativos", afirma a cardiologista.
"Quando você sofre um derrame, precisa reaprender a fazer praticamente tudo. Se me tornei mais confiante e equilibrado, só tenho a agradecer à musicoterapia. E, quando falo em equilíbrio, me refiro ao sentido literal da palavra. Até pouco tempo atrás, não conseguia tomar banho ou me barbear sozinho. Hoje, já tenho até vontade de dançar quando ouço 'Carinhoso' ou 'A Volta do Boêmio'", brinca.Herbert é padrinho de campanha
A campanha "Entre Nessa Sintonia", promovida pela ABBR, tem um padrinho famoso: o vocalista dos Paralamas do Sucesso, Herbert Vianna, que ficou paraplégico depois de sofrer um acidente de ultraleve em 2001. Durante a recuperação, foi submetido a sessões de musicoterapia no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília.
"Quando estava no hospital, pedia que meus filhos me levassem discos e violão. Com a música, eu canalizava a atenção para outras coisas que não fossem a dor que sentia. A música é o remédio mais elevado que existe"
Fonte: Hospital do Coração
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