quarta-feira, agosto 18, 2010

Especialista fala sobre os desafios do trabalho voluntário

Matéria extraída do site EPTV.COM

Para Cláudia Andrade, da Fundação Feac, não basta boa vontade.

Ser voluntário é uma decisão íntima e individual e que exige esforço, disciplina, responsabilidade, compromisso e acima de tudo, humildade. O termo tem referencia na ONU, Organização das Nações Unidas. Segundo a instituição, "o voluntário é o jovem ou o adulto que, devido a seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem estar social, ou outros campos”. Mas, o desejo de colocar em comum um trabalho ou um talento foge das definições teóricas e transforma em cidadãos ativos, pessoas que antes tinham pouca noção do outro.

Esse desejo, quando focado em ação, faz o voluntário uma pessoa participante e consciente, que realiza ações mais permanentes, que implicam em maiores compromissos, e pode levá-las inclusive a uma "profissionalização voluntária". Quem doa o seu talento, ganha muito mais. E a vontade é o começo desse processo, como explica a pedagoga e membro do projeto Voluntariado da Fundação Feac, Federação das Entidades Assistenciais de Campinas, Claudia Andrade.

Ela explica ainda, que é necessário ter certeza de que o desejo pode se transformar em compromisso. Porque quem vai receber esse trabalho, tem uma expectativa sobre o voluntário e a frustração dele, pode implicar numa frustração maior de quem pode já estar numa posição fragilizada.

Para que as instituições e pessoas consigam realizar esse trabalho, foi criada a lei do voluntário, a Lei nº 9.608, de 18 de fevereiro de 1998. Nela estão descritas as condições de trabalho e a responsabilidade das duas partes: voluntário e Instituição.

O sucesso da lei depende muito de um projeto bem estruturado da instituição que pretende abrir vagas para esse tipo de trabalho. Ela precisa mapear as vagas, descreve-las e contextualiza-las para o voluntário.

Observadas todas as partes, cabe ao cidadão fazer a sua e colocar em prática a doação. Cláudia Andrade ressalta que os ganhos do voluntariado atingem diretamente quem pratica, pois o torna mais capacitado para enfrentar situações que fogem á rotina ao qual está acostumado, uma vez que vai aprender a lidar com limitações emocionais, econômicas e sociais deixando-o mais preparado para quando voltar á sua própria realidade.

Um comentário:

  1. Eu já quero ser voluntário e já mandei meu cadastra... Espero contato. ;D

    Eu superadmiro o trabalho de vocês!

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